09/03/2013

Teoria ondulatória da luz

Iremos abordar as ondas de luz, utilizando como base a obra Tratada sobre a luz, a teoria ondulatória de Huygens, na qual apresenta sua teoria a respeito da luz e seus fenômenos, para que possamos entendê-lo é preciso saber um pouco de sua filosofia e seus pensamentos.

Huygens foi um grande gênio de sua época, teve varias contribuições à ciência que foram de grande importância, tendo muitas de suas teorias um sucesso, e destacando-se também seu trabalho no desenvolvimento de relógios, técnicas ópticas, entre ouros. Ele tinha muita admiração por René Descartes.

Já conseguimos observar, logo no primeiro capitulo sua concepção mecanicista a respeito da natureza da luz e sua concepção a respeito da “verdadeira filosofia” como sendo aquela em que se concebe a causa de todos os efeitos naturais por razoes da Mecânica:

“Não se pode duvidar que a luz consista no movimento de certa matéria. Se considerarmos a sua produção, encontraremos que na Terra são principalmente o fogo e a chama que a geram e eles contém sem dúvida corpos que têm um movimento muito rápido, já que dissolvem e fundem muitos outros corpos, dos mais sólidos. Se considerarmos seus efeitos, veremos que quando a luz é concentrada, como por espelhos côncavos, ela tem a virtude de queimar como o fogo, ou seja, ela separa as partes dos corpos. Isso certamente é um sinal de movimento, pelo menos na verdadeira Filosofia, na qual se concebe a causa de todos os efeitos naturais por razão da Mecânica – e isso deve ser feito, a menos que se renuncie a toda esperança de jamais compreender coisa alguma da Física, em minha opinião”.(HUYGENS, Tratado, p.12)

Esta obra é um pouco complexa, mas mesmo quem não entende muito do assunto consegue entende-la, ela vem diferenciando o efeito os fenômenos aplicados no som dos que são aplicados na luz, seus diversos efeitos e seus opostos meios de propagação e sustentabilidade.

O autor utilizou o conceito de éter que tinha raízes bastante sólidas na época. Por isso, Huygens baseou-se no princípio de que a luz se transmite através dele e, ao ser transmitida, é como se houvesse uma série de ondas de choque, que vão transmitindo o movimento de umas para as outras. Também propôs que a velocidade de propagação não era infinita, contrariando o que vários cientistas tinham proposto até então.

Ele passa, então, a explicar uma série de propriedades da luz: velocidade extrema, mas não infinita constância da velocidade, propagação para frente, independência das ondas de luz, propagação a grandes distâncias, propagação retilínea, reflexão, refração e, correlata a essa última, transparência dos corpos. Ao mesmo tempo, seu modelo para a luz vai sendo detalhado, “não se pode duvidar que a luz consistisse no movimento de certa matéria”.

Mais sua teoria não era totalmente aceita por todos. E então Isaac Newton apresentou à Royal Society um modelo da propagação da luz, em que defendia a teoria corpuscular. Como era um cientista de grande renome, instalou-se no mundo científico uma grande discussão para ver qual das teorias seria a verdadeira: a corpuscular, de Newton, ou a ondulatória, de Huygens. A diferença é que o conceito de partícula envolve o transporte de matéria. Além disso, enquanto a partícula se pode movimentar no vácuo, a onda precisa de um meio. Enfim, deveria se escolher uma das teorias como estando correta. Neste sentido, o modelo de Newton acabou por prevalecer. Somente mais tarde se mudou de opinião, com as experiências e estudos efetuados pelo inglês Thomas Young e outros.

Sua teoria então foi aceita por todos dando origem a sua obra original, com o seu estilo coerente de forma lógica e sistemática, e até hoje é muito lida por estudantes e pessoas que tem interesse pelas leis da física.

                                           Giovanna, Grupo Ptolomeu.

Um comentário:

  1. Excelente! Criativo com perfil interessante e histórico. Continue assim, sempre se superando e crescendo.

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